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sexta-feira, março 24, 2006

A Máquina de fazer empregos

A despeito da luta contra o nepotismo no judiciário, estréia hoje o primeiro longa do artista multimídia pernambucano João Falcão. A Máquina é uma adaptação do livro (de mesmo nome) de Adriana Falcão, que por uma incrível coincidência do destino vem a ser sua mulher. Em 2000, João já havia adaptado o livro para os palcos e agora assina o roteiro do filme em parceria com sua digníssima.

Os personagens principais são encarnados por Mariana Ximenes e Gustavo Falcão. O sobrenome não é por acaso. O ator, até então desconhecido do grande público, vem a ser sobrinho do diretor. No elenco temos ainda os new-queridinhos Lázaro Ramos, Wagner Moura e Wladimir Brichta além da participação especialíssima de Paulo Autran.

O projeto chega às telas com a pretensão de misturar linguagens como cinema, literatura e música. Na história, Mariana Ximenes vive uma mocinha nordestina típica de cidade do interior que sonha em ser atriz e ganhar o mundo. Assustado com a perspectiva de perder seu amor, o personagem de Gustavo Sobrinho Falcão sai em busca do mundo para presentear sua amada.

Não duvido que outros Falcões tenham voado pelo estúdio da produção familiar. Enfim, a partir de hoje, quero ser chamado de Felipe Falcão. Esse negócio de Müller não dá certo. Eu hein, nem pra uma vaga na Cia Müller de bebidas ele me serviu.

E ainda tem um jogador, cujas glórias remetem ao início dos noventa, que virou pastor evangélico. Como ainda não estou bem decidido sobre minha carreira eclesiástica isso não me serve de muito.

Agora que já expressei minha dose de recalque diária, vou ali e já volto.

Caso conheçam alguém em busca de um relacionamento na família Falcão me avisem, ok? Meu sotaque nordestino está afiadíssimo e sei fazer um bolinho de tapioca que é uma coisa!!

:o)

quinta-feira, março 23, 2006

Um trio de 5

Estou freelando agora junto com a Jú e o Brunin. E sempre surge aquele drama de como assinar os trabalhos e perê-e-pará. Resolvemos então assinar com as iniciais de nossos nomes, o que não é nada criativo, admito.

Mas a logo ficou muito fofa!!!
Dá uma olhada ai peste!

O B do Brunin ganhou um Ray Ban, o J Jú uma estrelinha e meu F foi agraciado com uma coroa. Amei! Ah, nossos trabalhos contam com a colaboração sempre pertinente de Carlinhos e Nabash.

O que vocês acham da logo?

:o)

O Galã

O final de semana passado foi super corrido, tudo por conta das gravações do curta em que estou atuando. Sim, estou atuando. Não, não vou voltar à peregrinação da carreira de ator. É só um exercício mesmo. Surgiu o convite e achei que seria divertido.

Não foi. Não está sendo aliás, pois faltam 2 dias de gravação e não estou com o menor saco de ficar repetindo o mesmo take trezentas vezes, com uma luz tão forte que deixa meu olho menor do que o menor olho de um japonês com sono. Já tenho os olhos puxados e gordo do jeito que estou, vou parecer um lutador de Sumo da Mogólia. Meleca beiçuda!

No domingo, acordei às 5:30 da madrugada e despenquei para a Cidade de Deus, locação onde se passa a maioria das cenas do filme. O carro de produção não poderia buscar os atores e acabei indo ônibus para um dos lugares mais perigosos do Rio de Janeiro. Quiçá do Brasil.

Horas e horas dentro do coletivo repetindo para mim mesmo - uma experiência antropológica...uma experiência antropológica – o que não impedia propriamente minhas pernas de tremerem em um rítmo bem frenético.

Tirando os percalços de comer comida de quentinha com garfo de plástico, correu tudo bem. Você já experimentou comer quentinha com talheres de plástico? Não? Pois você precisa! É uma experiência ímpar na vida de alguém, um marco mesmo. Agora eu sou do povo, e me sinto totalmente pronto para isso.

Que suadouro! Aquela embalagem laminada molenga apoiada nas minhas pernas, uns sete quilos de feijão com arroz e um bife desafiante com algumas cebolas espaçadas em cima constituíam o rega-bofe do dia. Quebrei uns trinta e cinco garfos lutando para cortar aquilo. Acho até que em uma mordida desastrada, acabei dando uma farta dentada no garfinho e por minhas observações, ele ainda habita meu corpo.

Escatologias à parte, em uma das casas que foi usada como locação, a dona, uma senhora fofíssima, me perguntou sobre o roteiro do filme enquanto eu esperava para gravar. Expliquei rapidamente. “Ah, é meio Corra Lola corra” – respondeu ela citando o filme alternativóide de Tom Tykwer. Um filme alemão, diga-se de passagem. E terminou o papo me pedindo que mandasse as fotos para seu email.

Foi uma boa oportunidade para desmantelar os clichês que povoam minha visão sobre as favelas e as pessoas que vivem lá. Mesmo com todos os problemas que conhecemos, são pessoas como as outras, como nós mesmos, e estão ai errando e acertando, batendo cabeça pra viver como dá.

Depois conto mais sobre o filme...
Obs >> Na CDD rola Mariah Carey direto!!!! Achei o meu lugar...já estou procurando uma meia-água lá pra mim!
:o)

quarta-feira, março 15, 2006

Repassando umas coisas

Não adianta formular frases feitas porque eu nasci vacinado contra elas. Mesmo. E o que eu acho que deva ser feito, estou fazendo, ora bolas. E não é tão fácil assim como palavras saindo de uma boca que abre e fecha. Se eu soubesse todas as respostas e caminhos do mundo, não me borrava todo abrindo saquinho de maionese em lanchonete.
Odeio aqueles malditos saquinhos - só para efeito de registro.

É bem assim. O saquinho vem com uma marca com o lugar exato onde se deve abrir. Mesmo sabendo o lugar exato, eu me sujo todo. Alterno entre usar os dentes ou a mão, mas nunca sai certo na marquinha.

E deixa eu me deprimir caraleo-de-asas! Qual seria o intuito de se ter um problema e não se deprimir ou falar sobre ou angustiar-se com ele. Que tipo de pessoa rasa eu seria? Agora vê, um sujeito tem um problemão e ele acaba tornando-se poeira cósmica na boca de outros? Ah, não estou nessa vibe não.

Ai você acaba por achar uma solução qualquer, depois de queimar suas pestanas, e vem alguém e fala - eu não te disse – com aquele ar irritante e cínico de vitória. Como se simplesmente tivesse resolvido tudo pra você com aqueles conselhos de vento.
Ah, comigo não violão!
:o(

sábado, março 11, 2006

News

:: Nem só de pop viverá o homem.


Meu primeiro elo com o mundinho ploc alternativo de pessoas maquiadas e que se acham o supra-sumo do diferente, o grupo Placebo, está de disco novo. Meds, sai na gringa dia 13 deste mês. Mas se você mora no Brasil e é impaciente, se fode ai! Aqui, o novo trabalho de Brian Molko e Cia. só será lançado mesmo lá pro finalzinho do mês.

Meds tem participação de Michael Stipe, o vocalista careca do R.E.M., e de VV, cantora esganiçada do The Kills.

Isso tudo me lembra o show do Placebo no Rio, que foi o máximo.
Quem foi, levanta a mão!

O primeiro single é Because I want You e já rola nas rádios internacionais. No Rio vai ser difícil escutar, porque os interesses capitalistas extremados destruíram a única rádio Rock.


:: Para dar uma equilibrada na alternatives e voltar às minhas raízes popianas, nada melhor que Mariah Carey.

A diva ressurgida gravou essa semana o clipe de seu novo single. As filmagens de Say Something foram ambientadas nas ruas de Paris. O vídeo, assim como a música, tem participação dos rappers Snoop Dogg e Pharrel Williams.

Say Something é provavelmente a última música a ser trabalhada do ultra bem sucedido The Emacipation of Mimi, uma vez que Carey já trabalha em seu novo álbum.

Assim que eu tiver o link para assistir o vídeo, eu posto aqui!

Mariah gravando com Pharrel seu novo vídeo.

:o)

quarta-feira, março 08, 2006

Movimento Marquise Já!

Segunda feira estava eu belíssimo voltando a pé para casa, por volta de meia noite, quando avistei uma cena no mínimo pitoresca. Ao passar em frente à uma marquise, que há muito já se converteu em hotel para mendigos, vejo chegar roncando uma moto que parou justamente em frente aos sem-teto.
Grupo de extermínio?

Não peste, estamos em Niterói - a cidade sorriso. Um dos melhores índices de qualidade de vida do país. Bem, ao menos passei a acreditar nisso piamente.
Era um entregador de pizza. Um dos sonolentos mendigos gritou todo-todo – é para mim – e levantou-se. Pagou as três pizzas (sim, eu disse três) mais a Cola-Cola (não, eu não disse Dolly, era Coca mesmo).
Diminuí o passo para, como diz o Bial, dar mais uma espiadinha. Foi um furdúncio só. O povo todo louco por pizza! Uma mulher mais ao canto gritava alucinada por um pedaço da de Pepperoni. Um senhor sem nem sombra de dente na boca, coitado, reclamava que a Margherita tinha pouco tomate. _Nunca vi Margherita sem tomate – esbravejou ele!

_Muito melhó que a sopa dos espirita - exclamou um menino de seus 12 anos enquanto um pedaço de pizza envolto em salíva ameaçava pular de sua boca aberta e ganhar o mundo.

Cheguei em casa com uma fome incontrolável e com três reais no bolso, em moeda. No fundo da geladeira, quase lá no esquecimento, achei um copo de requeijão abandonado. Meu coração bateu forte. E tratou de desbater ao perceber que de seu conteúdo deliciosamente cremoso só restara um restinho, algo microscópico quase.
Deve ter sido por um descuido que ele ainda não tinha abandonado a geladeira e galgado um espaço no armário. Sim porque os copos de requeijão vêem ao mundo com a missão social de virarem copos do dia-à-dia. Minha mãe adora! Deu um ataque, outro dia, porque papai comprou requeijão em potinho.
Raspei o copo quase vazio e pincelei o pão de forma. Não podia nem ser considerado um pão com requeijão, pois praticamente só tinha o aroma. Como a fome é negra, tracei-o.
Fui dormir pensando em como fazer para ser aceito no grupo da marquise.
E decidi que vou votar no Lula...ahh mas vou! O Fome Zero é um espetáculo, só precisam mesmo melhorar a qualidade da Margherita.

Absurdo... Margherita com pouco tomate!

:o)

segunda-feira, março 06, 2006

Até logo

Não estou entendendo. Todos os meus amigos estão indo embora. Já pensei até que poderia estar com cecê ou algum mau cheiro. Mas já chequei e não é isso...

É típico das mudanças que movimentam a vida mesmo. Que fazem crescer e trazem fôlego novo aos que buscam a felicidade. Ela pode estar aqui, em Boston, nas ladeiras festivas de Salvador ou na prosperidade petroleira de Dubai. O que importa é busca e a coragem.

Coragem que vocês têm e que eu exalto.

Aos meus amados amigos nômades, eu desejo toda a sorte do mundo. Eu desejo, na verdade, o mundo, e que ele se renda aos seus pés. Eu estarei aqui ansioso por saber de suas novas conquistas.

Lulu, qualquer coisa liga que eu vou com Zé Carlos lá te buscar.
Rafa, chapa uma burca e arrasa em Dubai.


E não liguem não, é que sou o drama em pessoa e sempre choro em despedidas!
:o(