Lost (literalmente)
Não satisfeito em levar respostas negativas e passar por situações vexatórias aqui no Rio de Janeiro, fui a São Paulo fazer uma entrevista. Afinal, levar um não em outro estado e gastar um dinheirão é bem mais chique, concordam?
Ganhei pouso e guarita na casa da amiga jornalista mais linda do mundo. Aproveitei para matar um pouco de minhas saudades corrosivas da Beta e de suas histórias mirabolantes! São vários títulos em seu currículo. Além de sua beleza natural, é a única mulher que vive dividida entre a ponte aérea Rio-MimosodoSul-São Paulo (não tão aérea assim) e a única também que importou uma empregada de sua cidade natal. Sim, sua prestativa tem carimbo de importação de Mimoso do Sul e tudo. Pode?
E quer saber? não sou como o carioca típico (é só olhar meu bíceps para perceber isso). Não odeio os paulistas, muito pelo contrário. Acho o sotaque bem legal e as pessoas super amáveis. A única vírgula nessa história toda é que eles não sabem/não gostam de dar informação.
Ao menos se eles pudessem entender que lá não há praia como referência. Nós cariocas sempre buscamos a praia, ainda que não gostemos muito de freqüenta-la (é definitivamente o meu caso). Achando a praia, você acha todo o resto. Costumo dizer que o carioca tem sempre uma praia portátil nas costas e ela acaba por permear todo o nosso modo de viver, pensar e agir.
Mas eis que estava lá, totalmente submerso por prédios embebidos em fertilizantes. Os prédios de São Paulo são feitos à base de agrotóxico, sabia? Sim, para crescerem grandes, fortes, pasteurizados e intimidadores. Usei minha combinação fatal de camisa verde da sorte (meio puída coitada) e meus óculos pretos de acetato super modernosos. Ninguém nunca perceberia que sou carioca com aquele visual e talvez tenha sido essa uma das razões pelas quais ninguém me indicava nada direito.
Rodei por horas para sair dos Jardins e achar o tal do Itaim Bibi. Uma coisa infernal! E todo mundo me mandava pegar a tal da Brigadeiro. Simples assim! Intimo assim! Como se eu e a Brigadeiro nos conhecêssemos ha séculos.
Brigadeiro pra mim é doce porra! E eu nem gosto!
E depois de ter achado a maldita Brigadeiro e um maldito ônibus que fosse para o tal do Itaim (ainda que eu não soubesse para que lado exatamente do Itaim), cadê que eu conseguia achar onde saltar?! Todas as esquinas são exatamente iguais. Todas.
E uma maldita ainda me disse para saltar no final da eterna Brigadeiro, perto do Itaú. Sabe quantos Itaús têm na Brigadeiro? Pois é, nem preciso dizer então que eu não saltei no certo, né?!
Depois era pra pegar uma tal de Faria Lima e francamente, me senti brincando de banco imobiliário, só que sem as notinhas de dinheiro (infelizmente, nem falso, nem verdadeiro).
Essa maratona não é nada quando um refrigerante gelado pode te acalmar antes de entrar na entrevista, não é mesmo? Coca Light com uma rodelinha de limão e muito gelo é tudo que há na vida de um ser humano contemporâneo!
Mas pasmem, o refrigerante em lata custa R$ 2,00! Até ai tudo bem. Só que quando acrescido de uma rodela de limão ele passa a custar R$ 2,30. Fiquei apoplético e juro que não acreditei quando vi essa informação registrada no cardápio! O limão mais inflacionado do país está em São Paulo. Lembrem-se de, quando forem a São Paulo, levar seus próprios limões já cortadinhos em um recipiente plástico! Eu hein... que despautério!
Logo cheguei a conclusão que deve ser a taxa do PCC contra incêndios. Muito justo!
Caso vocês, meus dois e meio leitores queridos, saibam de dinâmicas e/ou processos seletivos onde eu possa me expor desnecessariamente e criar expectativas vãs de um dia ser contratado, por favor, me avisem. Agora estou aberto a pagar mico do Oiapoque ao Chuí! É o projeto Destroi Auto-Estima do Lipe Brasil!!!!!
Ganhei pouso e guarita na casa da amiga jornalista mais linda do mundo. Aproveitei para matar um pouco de minhas saudades corrosivas da Beta e de suas histórias mirabolantes! São vários títulos em seu currículo. Além de sua beleza natural, é a única mulher que vive dividida entre a ponte aérea Rio-MimosodoSul-São Paulo (não tão aérea assim) e a única também que importou uma empregada de sua cidade natal. Sim, sua prestativa tem carimbo de importação de Mimoso do Sul e tudo. Pode?
E quer saber? não sou como o carioca típico (é só olhar meu bíceps para perceber isso). Não odeio os paulistas, muito pelo contrário. Acho o sotaque bem legal e as pessoas super amáveis. A única vírgula nessa história toda é que eles não sabem/não gostam de dar informação.
Ao menos se eles pudessem entender que lá não há praia como referência. Nós cariocas sempre buscamos a praia, ainda que não gostemos muito de freqüenta-la (é definitivamente o meu caso). Achando a praia, você acha todo o resto. Costumo dizer que o carioca tem sempre uma praia portátil nas costas e ela acaba por permear todo o nosso modo de viver, pensar e agir.
Mas eis que estava lá, totalmente submerso por prédios embebidos em fertilizantes. Os prédios de São Paulo são feitos à base de agrotóxico, sabia? Sim, para crescerem grandes, fortes, pasteurizados e intimidadores. Usei minha combinação fatal de camisa verde da sorte (meio puída coitada) e meus óculos pretos de acetato super modernosos. Ninguém nunca perceberia que sou carioca com aquele visual e talvez tenha sido essa uma das razões pelas quais ninguém me indicava nada direito.
Rodei por horas para sair dos Jardins e achar o tal do Itaim Bibi. Uma coisa infernal! E todo mundo me mandava pegar a tal da Brigadeiro. Simples assim! Intimo assim! Como se eu e a Brigadeiro nos conhecêssemos ha séculos.
Brigadeiro pra mim é doce porra! E eu nem gosto!
E depois de ter achado a maldita Brigadeiro e um maldito ônibus que fosse para o tal do Itaim (ainda que eu não soubesse para que lado exatamente do Itaim), cadê que eu conseguia achar onde saltar?! Todas as esquinas são exatamente iguais. Todas.
E uma maldita ainda me disse para saltar no final da eterna Brigadeiro, perto do Itaú. Sabe quantos Itaús têm na Brigadeiro? Pois é, nem preciso dizer então que eu não saltei no certo, né?!
Depois era pra pegar uma tal de Faria Lima e francamente, me senti brincando de banco imobiliário, só que sem as notinhas de dinheiro (infelizmente, nem falso, nem verdadeiro).
Essa maratona não é nada quando um refrigerante gelado pode te acalmar antes de entrar na entrevista, não é mesmo? Coca Light com uma rodelinha de limão e muito gelo é tudo que há na vida de um ser humano contemporâneo!
Mas pasmem, o refrigerante em lata custa R$ 2,00! Até ai tudo bem. Só que quando acrescido de uma rodela de limão ele passa a custar R$ 2,30. Fiquei apoplético e juro que não acreditei quando vi essa informação registrada no cardápio! O limão mais inflacionado do país está em São Paulo. Lembrem-se de, quando forem a São Paulo, levar seus próprios limões já cortadinhos em um recipiente plástico! Eu hein... que despautério!
Logo cheguei a conclusão que deve ser a taxa do PCC contra incêndios. Muito justo!
Caso vocês, meus dois e meio leitores queridos, saibam de dinâmicas e/ou processos seletivos onde eu possa me expor desnecessariamente e criar expectativas vãs de um dia ser contratado, por favor, me avisem. Agora estou aberto a pagar mico do Oiapoque ao Chuí! É o projeto Destroi Auto-Estima do Lipe Brasil!!!!!
Agora, você, amiga psicóloga de RH dos mais diversos lugadouros também pode me xoxar horrores! É só chamar!
:o)
10 Comments:
Não vem não! Eu dei a informação certinha!
Agora, esqueci de te contar esse nó: aqui em São Paulo tem a "Av. Brigadeiro Luís Antônio" (vulgo Brigadeiro) e a "Av. Brigadeiro Faria Lima" (vulgo Faria Lima). Acho que fizeram de propósito pros cariocas se perderem....
o limão foi UÓ, hein!
olha, embora o PQP esteja em ritmo lerdíssimo, estou sempre aqui te lendo. aliás, já apresentei seu blog pra algumas colegas de trabalho, que também viraram fãs de sua incansável saga a procura de um contracheque.
abraços!
hauahauahuahaua
quanto aos leitores queridos,
eles são bem mais que dois e
meio. mas quando a entrevista,
ai tá difícil meu amigo...
Lipe, você que é meu amigo lindo! Adorei sua estadia aqui, vc é a pessoa mais engraçada da face da terra. Eu, infelizmente, não vou aderir ao projeto Destroi Auto-Estima do Lipe Brasil. Mas vou lançar a campanha 'Lipe Ator!' ou 'Lipe aos Palcos'! hahahhahaha
Muitos beijinhossss
ahuahuauhauhahuaha
Já estou dentro da campanha, já repassei aquele e-mail para várias pessoas. Depois daquela mensagem no corpo do e-mail tive que reboladar, dançar o tchan e mandar, né?
uhauhahuahaahuah
Lindo, ainda acho que sua coluna no JB seria um luxo, afinal vc ARRASAAAAAAAAAA!
Bjs
Ps. Quando vamos almoçar novamente?
Ahh nao Lipe.. to chorando de rir aki!!! Mas aee.. se voce achou q foi um assalto te cobrarem 30 centavos pelo limao.. voce estaria morto aki entao!! O limao no Alaska custa $0.89 unidade. Ou seja.. quase dois reais por um unico limao!!! Vai roubar pra ser preso ne? heheheheeh Saudades de vc.. e sorte na concorrida busca a um emprego!!! Bjjsss
um dia a gente chega lá. não sei onde, mas a gente chega! pode ser até que meio atrasado... hehehe
beijo
O senhor esteve aqui, não me ligou e no fim das contas tb não me disse o resultado da entrevista! Menino feio, muito feio!!! ;cp
quem lê o blog´s burger levanta a mão aeee _o/
Como disse alguém aí em cima, um absurdo nenhum jornal ter te descoberto ainda. Suas crônicas são hilárias!
Abraço! (Ainda desejando boa sorte pra ti)
o bom do rio é que, mesmo que não tenha praia por perto pra servir de referência, sempre vai ter um piscinão pipocando por aí. adoro.
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