Dos meus dias de Sherlock Homes
Estou plenamente adaptado à minha nova rotina de passar as madrugadas acordado, ora por conta de minha insônia galopante, ora pelos milhões de freelas incomuns a essa época do ano (ou qualquer outra). Mas ontem foi diferente. Solidário que só, me engajei em uma megalomaníaca operação pega-pinóquio. Dormir para quê, não é mesmo?
Ainda mais enquanto um dos melhores amigos que um ser humano pode ter e cujo um dos poucos defeitos é trabalhar no cú-do-juda (leia-se Dubai), está de visita breve. E foi em meio a essa ocasião ilustre - tomada como pretexto em meu processo de convencimento – que larguei meu agonizante computador ligado. Reconheço que no meu âmago brilhava a chama de uma infantil esperança de que os trabalhos estariam terminados ao voltar (amei essa frase...ela é parte da Campanha Lipe escrevendo para o SBT). Foi assim que cruzamos a ponte tarde da noite em direção ao Rio de Janeiro. Mais especificamente Copacabana, isso mesmo, a princezinha do mar. Há.
E fomos nós pilhados pelas saudades mútuas e tensões tão densas que praticamente se podiam cortar com faca de manteiga. Uma mistura louca e típica de nós três. No carro, as mesmas músicas e temáticas e risos e intimidades. Tudo se resume a intimidade, sabe? Afinidade é instantânea (ou não), mas intimidade é resultado de uma cautelosa construção de anos. É definitivamente o nosso caso.
Então paramos em um boteco da pior qualidade, exatamente em frente à uma boate igualmente tosca, em uma gélida madrugada de terça-feira. A cerveja cara era pior que o frio. Mas se é ali que um amigo atordoado pelo bichinho do ciúme deseja estar... Mas que a cerveja podia ser mais barata, ah isso podia.
A espera insana durou a madrugada toda com vários processos investigatórios altamente elaborados.. Na minha cabeça, todo o causo era um despropósito. Se tivesse que passar a madrugada toda tomando cerveja cara para espionar alguém, o relacionamento já estaria acabado e minha cartela de Rivotril também. Mas apoio é apoio, concordando ou não.
Copacabana, né? Lá pelas tantas, surgiu uma profissional do sexo (sim, eu sou politicamente correto) trajando uma micro-saia azul (eu ainda acho que era um cinto adaptado), uma blusinha branca e um piercing de umbigo, que mais parecia uma instalação, adornando uma barriga de laranja baia. Meio bêbada e revoltada com a falta de demanda para seu produto, resolveu investir pesado em nos conquistar. Falou saliências no ouvido estático de Mauro e até ensaiou carícias em suas partes íntimas (no caso, não tão íntimas) diante de nós. Nada que o Rafa não resolvesse com uma perguntinha simples, matando nossas saudades de seus deboches típicos.
_Vem cá, esse cecê ta vindo de você?
Com seus sentimentos feridos, ela se afastou, coitada. Nada que prejudicasse a diversão, uma vez que logo depois, eis que surge um conhecido nosso com nada mais, nada menos que Juliana Paes à tira colo, toda global. A própria...em pele, osso, calça jeans e blusinha creme brilhante. Um aceno de miss e lá foi ela pra dentro da boate.
Muito depois, quando estávamos exauridos pelo cansaço, falidos e já nos preparávamos para levantar acampamento, a cena da noite aconteceu. Não. Não rolou a tal comprovação do fato investigado.
Ainda mais enquanto um dos melhores amigos que um ser humano pode ter e cujo um dos poucos defeitos é trabalhar no cú-do-juda (leia-se Dubai), está de visita breve. E foi em meio a essa ocasião ilustre - tomada como pretexto em meu processo de convencimento – que larguei meu agonizante computador ligado. Reconheço que no meu âmago brilhava a chama de uma infantil esperança de que os trabalhos estariam terminados ao voltar (amei essa frase...ela é parte da Campanha Lipe escrevendo para o SBT). Foi assim que cruzamos a ponte tarde da noite em direção ao Rio de Janeiro. Mais especificamente Copacabana, isso mesmo, a princezinha do mar. Há.
E fomos nós pilhados pelas saudades mútuas e tensões tão densas que praticamente se podiam cortar com faca de manteiga. Uma mistura louca e típica de nós três. No carro, as mesmas músicas e temáticas e risos e intimidades. Tudo se resume a intimidade, sabe? Afinidade é instantânea (ou não), mas intimidade é resultado de uma cautelosa construção de anos. É definitivamente o nosso caso.
Então paramos em um boteco da pior qualidade, exatamente em frente à uma boate igualmente tosca, em uma gélida madrugada de terça-feira. A cerveja cara era pior que o frio. Mas se é ali que um amigo atordoado pelo bichinho do ciúme deseja estar... Mas que a cerveja podia ser mais barata, ah isso podia.
A espera insana durou a madrugada toda com vários processos investigatórios altamente elaborados.. Na minha cabeça, todo o causo era um despropósito. Se tivesse que passar a madrugada toda tomando cerveja cara para espionar alguém, o relacionamento já estaria acabado e minha cartela de Rivotril também. Mas apoio é apoio, concordando ou não.
Copacabana, né? Lá pelas tantas, surgiu uma profissional do sexo (sim, eu sou politicamente correto) trajando uma micro-saia azul (eu ainda acho que era um cinto adaptado), uma blusinha branca e um piercing de umbigo, que mais parecia uma instalação, adornando uma barriga de laranja baia. Meio bêbada e revoltada com a falta de demanda para seu produto, resolveu investir pesado em nos conquistar. Falou saliências no ouvido estático de Mauro e até ensaiou carícias em suas partes íntimas (no caso, não tão íntimas) diante de nós. Nada que o Rafa não resolvesse com uma perguntinha simples, matando nossas saudades de seus deboches típicos.
_Vem cá, esse cecê ta vindo de você?
Com seus sentimentos feridos, ela se afastou, coitada. Nada que prejudicasse a diversão, uma vez que logo depois, eis que surge um conhecido nosso com nada mais, nada menos que Juliana Paes à tira colo, toda global. A própria...em pele, osso, calça jeans e blusinha creme brilhante. Um aceno de miss e lá foi ela pra dentro da boate.
Muito depois, quando estávamos exauridos pelo cansaço, falidos e já nos preparávamos para levantar acampamento, a cena da noite aconteceu. Não. Não rolou a tal comprovação do fato investigado.
A estrela global estava deixando a boate. Mas não estava glamurosa patinando no gelo, como era de se esperar. Não. Estava sendo carregada. Isso mesmo, meus amigos. Bêbada, descabelada, torta, suja. Vim a saber depois que ela vomitou horrores, mas prefiro não citar a fonte. Bem que minha mãe falou que esse negócio de Gisele ficar vomitando na novela ia acabar influenciando as pessoas!
Mas foi isso, uma das mulheres mais requisitadas do momento estava ali, destruída em Copacabana. Vi tudo com esses olhos cheios de hipermetropia que a terra há de comer.
Agora me pergunte onde estava meu celular com câmera fotográfica? Simples, eu não tenho um. E sabe por que? Porque o idiota aqui acha uma palhaçada esse negócio de celular com câmera (vamos pular a parte de que eu também não tenho reais para comprar um). Então, eu vi Juliana Paes sumir bêbada no horizonte e nem tirei uma foto sequer.
Ah se eu tivesse uma foto. Uma fotinho só! Já podia imaginar a Sônia Abraão em pessoa implorando para que eu aceitasse um poupudo cheque nominal a mim (cruza, por favor!). Os tapetes vermelhos estendidos para que eu entrasse na Rede TV debaixo de uma salva de palmas. Nelson Rubens chorando desesperado porque eu tomei seu emprego e agora não lhe resta dinheiro para pintar o cabelo!
Mas foi isso, uma das mulheres mais requisitadas do momento estava ali, destruída em Copacabana. Vi tudo com esses olhos cheios de hipermetropia que a terra há de comer.
Agora me pergunte onde estava meu celular com câmera fotográfica? Simples, eu não tenho um. E sabe por que? Porque o idiota aqui acha uma palhaçada esse negócio de celular com câmera (vamos pular a parte de que eu também não tenho reais para comprar um). Então, eu vi Juliana Paes sumir bêbada no horizonte e nem tirei uma foto sequer.
Ah se eu tivesse uma foto. Uma fotinho só! Já podia imaginar a Sônia Abraão em pessoa implorando para que eu aceitasse um poupudo cheque nominal a mim (cruza, por favor!). Os tapetes vermelhos estendidos para que eu entrasse na Rede TV debaixo de uma salva de palmas. Nelson Rubens chorando desesperado porque eu tomei seu emprego e agora não lhe resta dinheiro para pintar o cabelo!
Minha carreira de paparazzi nem começou e eu já sou um completo fiasco. Droga.
E para piorar, meu computador não terminou nenhuma das tarefas que eu tinha pedido a ele.
Só me fodo.
Obs: O texto não está corrigido, foi feito sob efeito de sonolência profunda e o blogueiro em questão é dislexico, portanto, sejam benevolentes com os erros ou cliquem no X no canto superior direito de sua tela. Agradecido.
:o(