Eu tenho tido muita saudade de escrever. Digo escrever despretensiosamente no blog, porque a bem da verdade, escrevo milhões de coisas todos os dias.
Promessas é o que não faltam. Sou a pessoa que mais fura consigo mesma de toda a face do planeta terra. Prometo entrar na academia; ler mais livros; ler menos jornal; parar de fumar; de beber; de comer gordurosas porcarias inúteis e por ai vai. Atualizar o blog é apenas mais uma delas.
E a propósito, aprendi a não me cobrar pelos meus descumprimentos tantos. Não me chateio mais, principalmente pelo fato da pessoa decepcionada ser eu mesmo. Tudo acaba ficado em casa e entre mortos e feridos, salvam-se todos.
Não cabe aqui ficar demonizando o trabalho por todas as coisas que não faço. Até porque, no Rio de Janeiro, o número de pessoas saradas é praticamente igual ao da população economicamente ativa. Inexplicavelmente existem esses seres iluminados que trabalham e conseguem se alimentar de saladas, manter corpos torneados e alguns deles ainda têm a desfaçatez de terem blogs. Não é para me provocar?
Outro dia, vi um rapaz sarado - desses que têm cara de só existirem na praia - lendo um livro no ônibus. Para apaziguar minha consciência, supus ser algo do Paulo Coelho ou um daqueles horrendos guias de sucesso profissional com metáforas utilizando queijo. Estiquei meu enferrujado pescoço ao limite da distensão muscular e para minha surpresa, atestei que o rapazote lia Dostoievisk. Fiquei apoplético!
Uma atrocidade né?! Agora me explica como ele consegue?
Tenho que parar já o plano megalômano de tornar-me rico em 2037 e diminuir o número de freelas que tenho pego. Mas ainda sim ficaria difícil, cho.
Bem, acabou-se meu tempo de vagabundear pois os dead-lines têm grandes dentes afiados. Ou serão esses os do meu chefe? Ah, já não sei mais....