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quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Catuaba e suas contra-indicações escatológicas

Desde segunda que durmo apenas três míseras e insuficientes horas de sono por noite. Tudo por conta da junção maléfico-benéfica de freela+emprego+amigo que mora longe em visita ao Rio.

Conclusão, sou quase um novo integrante do los hermanos – aquela bandinha em que os integrantes se vestem como revolucionários, têm barbas planejadamente gigantescas e falhadas e fazem músicas legais para Maria Rita.

Ostento, nesse momento, a maior barba do mundo e tenho tido surtos súbitos de sono em locais, digamos, pouco convencionais. Hoje mesmo dei uma cochilada fazendo xixi e me atrasei tendo que limpar a porra do banheiro todo. Adormeci encostado no poste esperando o ônibus, dentro do ônibus e agora a pouco quase me rendi a Morpheu enquanto fumava um cigarro na escada de incêndio aqui do prédio. Sou muito grato a faxineira que me despertou gritando "acorda ném".

O Carlos, na melhor das intenções, me deu uma espécie de coquetel molotov de guaraná com catuaba que dizem acordar até os defuntos. Desavisado que sou, tomei né?! E que o troço é eficiente em despertar eu não tenho dúvidas, só gostaria que na embalagem viesse escrito que eu iria ficar acordado sim, mas sem conseguir sair da porra do banheiro!

E fora que estou fedendo a catuaba, juro. Catuaba dos infernos.

Vou ali comprar um redbull. Quero coisas industrializadas e caras!

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Grêmio Recreativo Unidos do 996

Quando Rei Momo entra, eu saio. É assim que acontece quase todos os anos, salvo raras exceções em que fui um folião fora de mim pulando atrás de blocos.

O clima chega me fazer mal. Já na sexta, o povo estava alucinado. O motorista do ônibus que pego todo santo dia para o trabalho era um deles. Devia estar com a cabeça no rebolado de alguma mulata e subiu em um canteiro quando tentava fazer uma curva fechada. Por pouco não ganho um belo galo na testa como fantasia!

As setecentas mil pessoas educadas que ocupavam o coletivo iniciaram o esquenta para o carnaval com um xingamento coletivo. Que coisa bonita a união do povo, não?

Eu fico sempre na parte de trás da carroça para pisar em menos cabeças na hora de me jogar para fora. Lá estava também um desses projetos de executivo junior, sabe? Desses que andam por ai com terno mal cortado e um Nextel apitando o tempo todo?

Então, em meio a confusão, ele largou o comando do mundo dos negócios carioca e sacou de dentro de sua mochila uma espécie de panderola. O pavor que se instalara em meu corpo se legitimou no instante em que ele gritou:

_É carnaval minha gente!

Sem nenhum sincronismo ou sombra de ritmo o maldito iniciou um batuque frenético. O povo esqueceu em segundos que o motorista não conseguia se manter na pista e o corredor do coletivo virou uma avenida às 7:30 da manhã!

Eu vi minha última esperança de dar um cochilo indo embora quando um senhor mal encarado – o qual eu torcia que desse um solavanco no pagodeiro – se engatou sorridente a cantar o clássico “você pagou com traição a quem sempre te deu amor”!

Foi uma coisa louca. Celular virou pandeiro, os talheres da marmita agora suigavam nos bancos e uma senhora até sacou um daqueles pavorosos chifrinhos que combinaram com seu vestido vermelho. Eu resolvi chamar sua fantasia de Extrato de Tomate do Capeta. Mas sem dúvida alguma, o Estandarte de Ouro da falta de noção foi para uma morena curvilínea que fingia que o mastro de ferro onde estava segurando era o corrimão (ou seja lá como se chama aquilo) de um carro alegórico. Sério, eu fiquei chocado com o poder de catarse da moça.

Quando chegou minha hora de saltar eles já tinham abandonado os sambas-enredos e passado para a fase da marchinha. Se eu não estivesse com o cabelo bem curto teria levado A cabeleira do Zezé que cantavam para o lado pessoal.

Agora me conta como um ser humano pode render no trabalho quando o ônibus se transforma em uma escola de samba logo na primeira hora da manhã?

Ninguém sabe se precisam de publicitários na Finlândia? Eu sei fazer café também e meu arroz é soltinho!

domingo, fevereiro 11, 2007

Da minha nova vida

Na minha nova vida de trabalhador não há muito espaço para o blog. Tampouco para fotolog, orkut, quiçá email. Minhas existências virtuais paralelas estão compremetidíssimas , eu sei.

É acordar e ainda descabelado me jogar para dentro do coletivo apinhado que me deixa quase na porta da agência. Tomo um café pingado, no boteco, para abrir de vez os olhos e fumo um cigarro para clarear as idéias ainda embrulhadas.

Esses dias um infeliz sentou ao meu lado no cata-corno com uma sacola abarrotada de peixe. Era tanto peixe que dava para fazer sushi para o Japão inteiro durante uma semana! Quem sai de casa às seis da manhã com uma sacola gigante de peixe? Eu abomino peixe. Odeio qualquer coisa que já tenha nadado. Para entrar nessa boquinha que mamãe criou com amor e todinho, só ciscando ou pastando. Nadou, tá fora!

Saltei do ônibus com a impressão de que era um badejo gigante. E as pessoas reparam ou você pensa que não? Esperando para atravessar a rua, escutei uma senhorinha falando para outra que a acompanhava: “me deu uma vontade de comer um filet de merluza empanado, minina, não sei por quê!”

Eu sei, né?

Mas não estou reclamando não. Quer dizer, estou... Um pouquinho, até porque se eu não reclamasse de nada, não seria eu. Com ou sem peixe, com ou sem emprego, eu sou reclamão e ponto.

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Mariah e o Photoshop na Playboy americana

Assim, vou dizer tudo, tá?

Eu tenho muito receio. Medo mesmo.

Por que?

:o)