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sexta-feira, junho 30, 2006

Vizinhas implicantes

O jogo da Argentina contra a Alemanha começou e tem um maldito no prédio aqui perto gritando desesperadamente:

_Pau no ânus dos argentinos!
(substituí sim, pois sou de família)

Juro que não entendo esse ódio todo. Principalmente porque a primeira coisa que brasileiro faz quando junta qualquer mil reais é comprar um pacote de três noites em Buenos Aires. De minha parte, o único sentimento que tenho sobre Sorin e cia é que eles ficaram presos na década de noventa, coitados. Todo mundo com aquele cabelo grande. E as faxinhas e arquinhos?
Por exemplo, o zagueiro Coloccini usa esse penteado para encarnar o espírito de luta de Cid Guerreiro, que na foto aparece explodindo em nacionalismo com sua guitarra decorada com a bandeira do Brasil. Muito bem, o país se emociona com essa demonstração de amor, Cid, o guerreiro!

Gostaria imensamente de poder poupar meu pobre sistema auditivo dessas incongruências!
:o)

sexta-feira, junho 23, 2006

Sim, eu me saboto

Tá, então eu fui lá nessa entrevista coletiva tentando enganar a mim e ao mundo que minhas roupas sociais ainda me servem. Rá. Ficar nervoso com uma calça apertada é uma sensação assim in-des-cri-tí-vel. Vocês precisam passar por isso! E claro, faz-se necessário pontuar a diferença entre entrevista coletiva e dinâmica de grupo. Vamos lá:

Entrevista coletiva é o nome bonito que eles dão pra auto-exposição vexatória. Você vai lá, conta sua vida com mentiras parciais tentando ser formal, mas não tanto ao ponto que eles achem você ultra-chato. Dizer que pratica esportes radicais é sempre uma boa saída! Eles fingem que acreditam em tudo que ouviram e você finge que acredita que eles estão mesmo selecionando por perfil. Rá..rá!

dinâmica de grupo é o pseudônimo de ridículo público extremado. Às vezes a empresa está paradona, tudo muito tedioso e por isso resolvem chamar uns panacas para dançar, fazer mímicas, desenhos, construir empresas em cinco minutos e/ou tudo isso junto.

Eu sei que parece meio idiota, mas eu tenho uma camisa da sorte. Verde, amo verde. Não que ela me dê muita sorte, do tipo “olha que sorte ele tem com essa camisa”, visto também que estou mega desempregado e se a bendita camisa fosse tão poderosa assim... Sucede que eu curto muito a camisa e ela é Versace e vocês todos devem estar achando que eu sou um fútil (não procede) e acontece que não tenho mais dinheiro pra comprar coisas desse tipo e ela veste bem, vai...

O fato é que a camisa já está muito velha. Muito mesmo! Só hoje eu reparei que está puindo no colarinho e óbvio que me desesperei ao máximo com isso. E agora o que faço sem minha camisa verde da sorte? – pensei histérico.
(quase um Zagallo)

Resolvi passar por cima disso tudo. Afinal, não somos pessoas pequenas de alma e pouco ligamos se uma camisa verde-versace-da-sorte está puída, né?! E também passei por cima completamente da regra número um para os infelizes que vão de ônibus a uma entrevista, que é: camisas brancas disfarçam a pizza debaixo do braço. Então imagine eu chegando lá com a camisa metade verde-claro-desbotado e metade verde-escuro-suado (tá, essa parada com as cores nem ficou legal, to sabendo). Soma-se a isso, um colarinho puído, afinal estamos falando da minha vida e é lógico que eu não poderia estar com vergonha só de uma coisa! Nãoooo...

Juro que a maldita da recepcionista me olhou com uma super cara de “que feio, esse garoto tá com o colarinho puído”! Acuado, encostei na parede com muita vontade de permanecer lá para sempre. Foi ai que comecei então a me concentrar muito para não suar mais. Lógico que o imprestável do meu corpo, além de inisistir em não entrar em minhas calças, não me obedece e o suor agora pingava no sapato. Sério, um horror!

Conclusão: passei boa parte da entrevista tentando desesperadamente impedir a rh de passar por atrás de mim e não prestei atenção em bulhufas do que a bendita mulher falava. Na outra parte, danei a me abanar com o currículo. Conicidentemente, o mesmo que eu viria a entregar todo amassado momentos depois. Eu sou uma peste ou não sou?!

Como se não bastasse toda aquela gente com seus egos ensaiados falando de mil experiências lindas e viagens e trabalhos e tudo mais, a toda poderosa da gerente de marketing adentrou o recinto. Linda. Só dava ela!

Agora vamos todos juntos adivinhar onde a maravilhosa ficou parada?

Isso! Exatamente atrás de mim...
Deselegante, né?!

Ai foi que eu não falei nada-com-nada e tudo-com-cousa-alguma! Esqueci da porra toda que eu tinha ensaiado durante horas! Merda, nem falar que pratico esportes radicais eu falei, acredita?! Certo é que eu não pratico esporte algum e é só olhar para o meu shape que isso fica explícito. Mas tenho quase certeza que eles só escolhem pessoas que pratiquem esportes radicais. Tenho sim.

Só me fodo..ai ai!
:o)

quarta-feira, junho 21, 2006

A Era da Reprodutividade Técnica

É impressão minha ou toda novela de Manuel Carlos no Leblon tem uma personagem chamada Helena?

E claro, Vera Fisher e Regina Duarte se alternam nos papeis. Quando Vera vai fazer plástica, Regina assume. Quando Regina está com muito medo da eleição, é a vez da destemida Vera arrasar os corações no Leblon!

Agora é só esperar o desempenho da Princezinha do Brasil em sua setuagésima nona Helena da carreira. Meu coração vibra com tanta originalidade.

:o)

O jeitinho brasileiro

Ontem, estava eu feliz, no ponto do ônibus, tomando meu amado Ice Tea Light de Pêssego quando um catador de latinhas se fixou ao meu lado. Intimidado, dei aquela golada farta e entreguei solícito a lata vazia ao moço.

Ele colocou a latinha no saco, certo?

Não. Ao invés disso, tirou várias outras latinhas da sacola e sorrateiro, as espalhou em fila pela rua, bem perto da calçada. Eis que vem o ônibus e despercebido, passa por cima da fileira de latas. E repetiu o feito mais algumas vezes, com diferentes ônibus.

Todo-todo, o rapaz retira suas latinhas - agora prensadas - e segue seu rumo.

Agora vê se eu posso com esse mundo! Até para catar latinha você tem que ter conhecimentos de linha de produção, fordismo e coisa e tal!
Eu hein.
:o)

domingo, junho 18, 2006

Explicando o inexplicável

Sucede que estou com uma pontinha de remorso.
Não sou de me arrepender das coisas que falo ou escrevo. Não mesmo.
E nem é o caso, porque eu não desejei mal nenhum a ninguém. Talvez a vida entenda nossas colocações de uma forma um pouco literal demais. Talvez a vida leia o blog e tire conclusões não muito acertadas.

No post anterior:

"O pior de tudo é ainda ter que agüentar as piadas batidas do Casseta & Planeta. As pessoas podiam ter dignidade e perceber a hora certa de parar!É de longe a pior parte da Copa."

Triste isso.
Bolei.
:o(

domingo, junho 11, 2006

Pro inferno com a Copa

E olha que eu sou fanático por futebol! Se estiver passando um jogo do Monte Lindo Futebol Clube contra o Clube de Regatas Monte Alto, eu estou lá assistindo. E é bem provável que conheça toda escalação.

Ta, mas o mundo não é mais seguro agora. Existem milhares de crianças desorientadas com vagabundas cornetas fazendo barulho por todos os cantos. Aqui na minha rua tem um número incontável delas.

Não há coisa que eu odeie mais do que corneta! Odeio corneta assim de morte...

Maldito seja o inventor dessas cornetas e maldito sejam os chineses que as fabricam. Até quando eles acham que vão poder sustentar os números absurdos de crescimento da economia enchendo o mundo dessas porcarias? Quando isso vai parar!?
E a decoração?
Não aceito isso, minha gente!
Mamãe acenou com uma possibilidade insana de pendurar fitinhas verdes e amarelas pela fachada. Eu claro, ameacei ir embora de casa se isso acontecesse.
Muito contrariada, ela acabou transformando plástico verde e amarelo em forro para os armários da área de serviço. Conclusão, temos os armários mais eufóricos de toda a Copa! Brasil!Sil...sil...sil!!! Os detergentes e as esponjas agradecem...

O pior de tudo é ainda ter que agüentar as piadas batidas do Casseta & Planeta. As pessoas podiam ter dignidade e perceber a hora certa de parar!
É de longe a pior parte da Copa.
E digo mais, se no campeonato mundial de bafo (sim, aquele das figurinhas) também liberassem o povo mais cedo, nego torcia até a morte também...

Eu devo mesmo ter jogado molho choio no peixe da Santa Ceia.
:o)

terça-feira, junho 06, 2006

Rapidinha...

Sou um tanto quanto tradicional e não curto muito esse lance de sexo à três. Principalmente quando o terceiro individuo é minha cachorra que entra toda despercebida e contagiada pelo clima, esfrega freneticamente sua vulva canina em minha perna.

Que bicho safado...
Deselegante isso.
:o)

domingo, junho 04, 2006

Das minhas carências vespertinas

Minha única atividade esses dias tem sido ligar para a Central de Atendimento da Velox e espinafrar os atendentes. A internet não funciona por nada nesse mundo de Meu Deus. É decretado, não funciona e pronto.

Mas de tanto ligar e encher o saco, o povo já me conhece só pela voz. E eu já conheço todos eles...Que tristeza! Tem umazinha, simpática mesmo, que faz pedagogia numa faculdade aqui em Niterói. E descobri que o outro da técnica tem um avô que mora cá pertinho, mas não sei quem é o velho ainda que tenha dito que conheço sim. Também, depois do homem ter perdido horas descrevendo a casa, o velho, o beagle manchado que manca da pata direita...
Resolver meu problema que é bom niguém resolve.

E essa coisa de intimidade é um inferno! Perdi a liberdade de xingar a mãe dos operadores e maldize-los até a quinta geração. E o que vou fazer sem xingar os operadores? Minha internet está uma porcaria atômica e nem tenho quem xingar!

Isso é muito triste! Estou deprimidíssimo com essa situação.
:o(